segunda-feira, 9 de abril de 2012

Review: 'O Incrivel Hulk' (2008)


Toda família tem sua ovelha negra. Após o surpreendente sucesso de Homem de Ferro, o segundo filme da Marvel, aqui como Estúdio de Cinema, trouxe de volta o Gigante Esmeralda afim de fazer o publico abraçar o herói depois do Hulk de Ang Lee, um filme do qual considero maravilhoso, porém era artístico demais para um publico que ainda estava digerindo os Quadrinhos como possibilidade de algo mais profundo.E chamando um ator especializado em ação, e focando o filme mais para esse lado, O Incrivel Hulk acabou sendo o filme que é sempre deixado de lado nas conversas sobre a Marvel Studios. Aqui vamos relembrar o filme e questionar seus porquês para saber se o filme é melhor que a gente pensava ou se a sina de "filme ruim" continuará o rondando.


Vamos a história: sem ter nenhuma ligação com o filme de 2003, encontramos o cientista Bruce Banner (Edward Norton) vivendo nas sombras, vasculhando o planeta atrás de um antídoto para ver se "cura" o monstro que vive dentro dele, do qual foi liberado graças um experimento ciêntifíco bancado pelo governo e comandado pelo general Ross (Willian Hurt). Mas os senhores da guerra que sonham em usar seu poder não o deixarão quieto, nem sua necessidade de estar ao lado da única mulher que amou, Betty Ross (Liv Tyler). Uma vez de volta à civilização, "Mr Green" é cruelmente perseguido pelo soldado Emil Blonsky (Tim Roth), que irá se tornar o Abominável – uma fera de pura adrenalina e agressão cujos poderes rivalizam com os do Hulk. A unica esperança de Banner parece ser o professor Samuel Sterns (Tim Blake Nelson), mas as ações de todos nesse jogo de gato e rato podem gerar uma escolha dura para Banner: fazer controlar o Hulk para que esse poder não caia em mãos erradas ou abandoná-lo de vez e tentar seguir uma vida normal.


Bem, no início de tudo temos que analizar especialmente o que aconteceu detrás das cenas neste filme.Edwart Norton foi uma ótima escolha por papel de Bruce Banner, e ainda tinha a vantagem que ele era um fã assumido do personagem, mas Ed também é conhecido por sempre dar pitacos em seus roteiros e deixou a ção intacta do jeito que está, mas injetou certos nível de profundidade que se aproximavam muito do filme de Ang Lee.Por outro lado estavam Louis Leterrier, o diretor do filme que queria estabelecer um equilibrio melhor entre a ação e o psicológico do filme, e a Marvel Studios, desesperada por uma melhor aceitação do filme e indo por lado exagerado de que o publíco só queria ver porrada.No fim das contas, no cabo de guerra quem ganhou quem o estúdio, gerando o filme assim visto e a saída de Edward Norton do filme dos Vingadores, nas palavras acídas do produtor Kevin Feige:"Nossa decisão não foi baseada em questões monetárias, mas sim na necessidade de um ator que represente a criatividade e espírito colaborativo do resto do nosso elenco".



Em relação ao filme, a vantagem principal não foi só a agilidade e a consequente melhora das cenas de ação, mas os personagens ao redor de Bruce Banner/ Hulk trouxeram de fato uma evolução daquilo que foi feito no Hulk de Ang Lee, mas sem as bolas de o estúdio ter dado continuidade aquela história.Vemos Bruce Banner tentar achar maneiras de controlar "o outro", sem mesmo parar pra pensar que o outro seja só ele mesmo só que afetado pela quantidade de poder ingerida.Por isso que se o poder do Hulk cai nas mãos de alguém como Blonsky, que usa de maneira egoísta só para se sentir um soldado melhor, ou Sterns, que quer usar cientificamente as capacidades do Hulk sem limitações e abraçar os problemas gerados disso. Como é um tema prraticamente padrão em todo filme da Marvel Studios, o filme se trata da relação das pessoas com o poder recebido, e o filme se trata da aceitação de que Bruce e o Hulk são a mesma pessoa, o que ele tem que fazer é conquistar esse poder passo a passo e aceitar as responsabilidades.


Interessante também é a estrutura do filme, a narrativa flui bem, e mesmo que você tivesse contato anterior com os personagens, a forma do qual eles foram apresentados é bacana e envolve, assim como a química entre os atores, e consequente os personagens.General Ross procura no fugitivo Banner a segunda chance de se tornar o indivuduo responsavel por tornar os soldados melhores e se tornar lembrado por, vendo em Blonsky a cobaia perfeita. Assim como o ego move Ross, o mesmo ego move Blonsky, que enxerga no Hulk o soldado perfeito, mas só que a falta de etíca e egoísmo que o movo faz trazer a tona seu lado mal.


Mas então, se o filme é bem estruturado e tem personagens bacanas, porque ele não saiu exatamente bem aceito? Edição.A edição do filme tornou ele algo (mais ou menos) separado do filme do Ang Lee, cortando uma incrível cena de abertura, que limou boa parte das cenas que exploravam o psicológico do filme e suas relações, tendo perdido nisso tudo um bom material de Betty Ross e Leonard Samson(Ty Burrell).No fim das contas você entende os acontecimentos, mas também sente que teve muito espaço a ser explorado ali, e pior, com a consciência que essas cenas de fato existem e foram "jogadas fora". Tudo culpa do cabo de guerra entre Ed Norton e os produtores.

"Chatiado"

Mas em termos de "escopo maior" no sentido para manter o universo coeso para a criação do filme dos Vingadores, OIH deu ima importante contribuição. Vemos o que o soro do Supersoldado é capaz, além de termos a participação sempre bem vinda de Robert Dowey Jr como Tony Stark, indicando já que o futuro reservava para Homem de Ferro 2. Além disso, descobrimos também em HDF2 que a maquina que originou o Hulk foi criada por Anthony Stark afim de reiniciar o projeto Supersoldado com radiação gama. Também temos as posibilidades futuras, com Sterns no futuro aparecendo como o Lider e outras "criações" que podem gerar a partir de seu conhecimento.


No fim das contas como podemos definir'O Incrivel Hulk'? E´um filme bom, mas não tão bom quanto poderia ter sido, mas também não tão ruim quanto o acusam. É um filme que você curte mas que pra audiência "comum" pode ser até facilmente esquecivel, infelizmente, já que os fãs, que de uma maneira ou outra irão rever, sabem do potêncial dele de ser melhor.Uma oportunidade perdida, mas não completamente. Hulk merece mais amor (cinematicamente falando).

NOTA:6.5

OBS: Se tudo der certo e eu tiver tempo/paciência, semana que vem revisitaremos Homem de Ferro 2. Inté!